Em Portugal, continua a haver falta de casas para arrendar face à alta procura, de tal forma que o Governo lançou recentemente um conjunto de medidas no pacote “Mais Habitação” destinado a aumentar a oferta de arrendamento e a controlar as rendas. Até porque a falta de stock no mercado tem estado por detrás da subida das rendas das casas mês após mês. Em fevereiro, os preços das casas para arrendar no nosso país voltaram a subir, desta vez em 2,1% face ao mês anterior. Segundo o índice de preços do idealista, arrendar casa tinha o custo mediano de 13,4 euros por metro quadrado (euros/m2) no final do mês de fevereiro deste ano. Já em relação à variação trimestral, a subida foi de 7,3% e a anual de 22,7%.
Rendas das casas subiram em 9 capitais de distrito
Considerando as 13 capitais de distrito com amostras representativas, salta à vista que o preço das casas para arrendar subiu em nove cidades em fevereiro face ao mês anterior. Foi em Leiria (3,0%) onde as rendas das casas mais subiram, seguida de Lisboa (2,9%), Viana do Castelo (2,7%), Faro (2,5%), Setúbal (2,1%), Santarém (1,9%), Braga (1,4%), Coimbra (0,9%) e Funchal (0,7%).
Por outro lado, as casas para arrendar ficaram mais baratas entre janeiro e fevereiro em Aveiro (-3,9%), Castelo Branco (-3,8%), Évora (-1,8%) e no Porto (-1%).
Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro arrendar casa no país: 18,9 euros/m2. Porto (14,8 euros/m2) e Funchal (11,8 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Seguem-se Aveiro (10,7 euros/m2), Faro (10,1 euros/m2), Évora (9,8 euros/m2), Setúbal (9,8 euros/m2), Coimbra (8,4 euros/m2), Braga (7,8 euros/m2) e Viana do Castelo (7,8 euros/m2).
Já as cidades mais económicas para arrendar uma habitação no nosso país são Castelo Branco (5,7 euros/m2), Santarém (7 euros/m2) e Leiria (7,5 euros/m2).
Preço das casas para arrendar cai em 4 distritos
Dos 15 distritos e ilhas analisados (e com amostras representativas), os preços das casas para arrendar apenas desceram em Viana do Castelo (-6%), Évora (-5,8%), Castelo Branco (-3,3%) e Aveiro (-0,9%). Já em Faro (-0,3%) e no Porto (0,3%) os preços mantiveram-se praticamente estáveis em fevereiro face ao mês anterior.
Por outro lado, as rendas das casas subiram em Portalegre (7,1%), Coimbra (3,1%), Lisboa (2,8%), Santarém (2,4%), ilha da Madeira (1,3%), Vila Real (1,2%), Braga (1%), Leiria (0,8%) e Setúbal (0,5%).
De referir que o ranking dos distritos mais caros para arrendar casa é liderado por Lisboa (17 euros/m2), seguido pelo Porto (12,7 euros/m2), Faro (11,5 euros/m2), ilha da Madeira (11,1 euros/m2), Setúbal (10,6 euros/m2), Évora (9 euros/m2), Viana do Castelo (8,4 euros/m2), e Aveiro (8,3 euros/m2). Segue-se Leiria (8,1 euros/m2), Coimbra (7,8 euros/m2), Braga (7,6 euros/m2) e Santarém (6,5 euros/m2).
Os preços mais económicos para arrendar uma habitação no nosso país encontram-se nos distritos de Vila Real (5,5 euros/m2), Portalegre (5,8 euros/m2) e Castelo Branco (6,1 euros/m2).
Renda das casas dá salto de 2,6% na Grande Lisboa
Durante o mês de fevereiro, os preços das casas para arrendar subiram em três regiões portuguesas. A liderar as subidas encontra-se a Área Metropolitana de Lisboa (2,6%), seguida pela Região Autónoma da Madeira (1,5%) e Centro (0,9%). Já no Norte (0,3%), na Região Autónoma dos Açores (0%) e no Algarve (-0,3%) os preços mantiveram-se estáveis. Por outro lado, as rendas das casas desceram ligeiramente no Alentejo (-0,6%) entre janeiro e fevereiro deste ano.
A Área Metropolitana de Lisboa, com 16,3 euros/m2, continua a ser a região mais cara para arrendar uma habitação no país, seguida pelo Norte (11,6 euros/m2), Algarve (11,5 euros/m2) e Região Autónoma da Madeira (11 euros/m2). Do lado oposto da tabela encontram-se o Centro (7,7 euros/m2), a Região Autónoma dos Açores (7,8 euros/m2) e o Alentejo (8,2 euros/m2) que são as regiões mais baratas para arrendar casa.
Índice de preços imobiliários do idealista
Para a realização do índice de preços imobiliários do idealista, são analisados os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos anunciantes do idealista. São eliminados da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado.
Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado.
Fonte Idealista