Comprar casa em Portugal ficou 2,2% mais caro entre abril e junho

A venda de casas está a cair em Portugal, assim como os pedidos de crédito habitação, dada a subida abrupta dos juros e a queda do poder de compra, por via da alta inflação. Mas os desequilíbrios entre a oferta e a procura persistem, num momento em que aumentar a oferta de habitação acessível no país é o grande objetivo do Governo com o programa Mais Habitação, até para equilibrar os preços do mercado, que teimam em subir. É isso mesmo que mostram os dados do idealista: os preços das casas à venda em Portugal subiram 2,2% no segundo trimestre do ano face ao trimestre anterior. E esta é uma realidade visível em quase todo o território português, já que 12 capitais de distrito viram o custo da habitação para comprar aumentar, Lisboa (3,1%) e Porto (2,4%) inclusive.

Muito embora no arranque de 2023 os preços das casas à venda se tenham mantido estáveis, no segundo trimestre as casas voltaram a ficar mais caras. Tanto que comprar casa em Portugal passou a ter um custo de 2.536 euros por metro quadrado (euros/m2) no final do mês de junho deste ano, tendo em conta o valor mediano, segundo aponta o índice de preços do idealista. Já em relação à variação anual, os preços das casas em Portugal subiram 6,5%.

Preços das casas à venda sobem em 12 capitais de distrito

Tendo em conta 20 capitais de distrito portuguesas, verifica-se que os preços das casas para comprar subiram em 12 cidades no segundo trimestre de 2022 face ao trimestre anterior. A liderar as subidas está Viana do Castelo (17,2%), seguida de Vila Real (12,1%) e Faro (11%). Seguem-se Évora (9,7%), Coimbra (6%), Funchal (3,6%), Lisboa (3,1%), Portalegre (2,9%), Setúbal (2,7%), Porto (2,4%), Viseu (1,2%) e Aveiro (0,9%).

Por outro lado, também se observou uma descida nos valores das casas à venda em oito capitais de distrito. A descida dos preços das habitações mais expressiva foi registada na Guarda (-7,4%), seguida de Ponta Delgada (-2,4%), Castelo Branco (-2,2%), Santarém (-1,7%), Bragança (-1,3%), Beja (-1,2%), Leiria (-0,9%) e Braga (-0,8%).

Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro comprar casa: 5.351 euros por metro quadrado (euros/m2). Porto (3.413 euros/m2) e Funchal (2.943 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Entre as capitais de distrito que apresentam os maiores preços das casas à venda está ainda Faro (2.921 euros/m2), Aveiro (2.501 euros/m2), Setúbal (2.307 euros/m2), Évora (2.211 euros/m2), Viana do Castelo (1.850 euros/m2), Coimbra (1.843 euros/m2), Ponta Delgada (1.718 euros/m2), Braga (1.702 euros/m2), Vila Real (1.336 euros/m2), Viseu (1.334 euros/m2) e Leiria (1.309 euros/m2).

Já as cidades mais económicas para comprar uma habitação são Portalegre (717 euros/m2), Guarda (731 euros/m2), Castelo Branco (826 euros/m2), Bragança (867 euros/m2), Beja (934 euros/m2) e Santarém (1.098 euros/m2).

Casas à venda mais caras na maioria dos distritos e ilhas

Também olhando para os distritos e para as ilhas portuguesas, salta à vista que as casas voltaram a ficar mais caras na maioria dos territórios. As maiores subidas dos preços das habitações para comprar foram observadas em Castelo Branco (12,9%), Beja (10%), Viana do Castelo (9,9%), Coimbra (8,3%), Viseu (6,3%) e Vila Real (5,1%),

Com subidas dos preços das casas à venda inferiores a 5% entre o segundo trimestre de 2023 e o trimestre anterior está a ilha da Madeira (4,2%), Porto (4,2%), ilha do Porto Santo (3,8%), ilha do Faial (3,6%), ilha Terceira (3,5%), Setúbal (3%), Portalegre (3%), Leiria (2,8%), Faro (2,3%), Bragança (1,5%), Lisboa (1,2%), ilha do Pico (1,2%), Santarém (1,1%) e Aveiro (0,9%).

Já em Braga (0,1%) e na ilha de São Miguel (-0,2%) os preços das casas ficaram praticamente estáveis entre esses dois momentos, mostra o índice do idealista. Por outro lado, as casas ficaram mais acessíveis em Évora (-23,7%), na ilha de São Jorge (-6,4%) e na Guarda (-2,4%).

O ranking dos distritos mais caros para comprar casa é liderado por Lisboa (3.881 euros/m2), seguido por Faro (3.174 euros/m2), ilha da Madeira (2.570 euros/m2), Porto (2.503 euros/m2), Setúbal (2.399 euros/m2), ilha de Porto Santo (1.927 euros/m2), Aveiro (1.673 euros/m2), Braga (1.529 euros/m2), Leiria (1.515 euros/m2), ilha de São Miguel (1.509 euros/m2), Viana do Castelo (1.465 euros/m2), Évora (1.442 euros/m2), Coimbra (1.433 euros/m2), ilha do Pico (1.296 euros/m2), ilha do Faial (1.262 euros/m2), ilha de São Jorge (1.119 euros/m2) e ilha Terceira (1.109 euros/m2).

Os preços mais económicos para comprar uma habitação encontram-se na Guarda (654 euros/m2), Portalegre (663 euros/m2), Castelo Branco (858 euros/m2), Bragança (876 euros/m2), Vila Real (975 euros/m2), Viseu (998 euros/m2), Beja (1.044 euros/m2) e Santarém (1.068 euros/m2).

Região da Madeira tem casas 4,2% mais caras 

Durante o segundo trimestre de 2023, os preços das casas à venda subiram em todas as regiões do país, à exceção da Região Autónoma dos Açores (-1,2%) e Alentejo (-0,5%), onde os preços apresentaram descidas.

A liderar as subidas dos preços das casas para comprar, encontra-se a Região Autónoma da Madeira (4,2%), seguida pelo Centro (3,6%), Norte (3,1%) e Algarve (2,3%). Na Área Metropolitana de Lisboa (1,2%) foi onde os preços menos subiram durante este período.

A Área Metropolitana de Lisboa, com 3.507 euros/m2, continua a ser a região mais cara para adquirir habitação, seguida pelo Algarve (3.174 euros/m2), Região Autónoma da Madeira (2.560 euros/m2) e o Norte (2.119 euros/m2).

Do lado oposto da tabela encontram-se a Região Autónoma dos Açores (1.358 euros/m2), o Centro (1.403 euros/m2) e o Alentejo (1.523 euros/m2) que são as regiões mais baratas para comprar casa.

Comprar casa em Portugal
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Índice de preços imobiliários do idealista

Para a realização do índice de preços imobiliários do idealista, são analisados ​​os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos anunciantes do idealista. São eliminados da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado.

Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado.

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