O investimento em imobiliário continua ativo e dinâmico, mantendo uma tendência de crescimento. O setor oferece um mix de estabilidade, valorização a longo prazo e diversificação de portfólio. No entanto, para minimizar riscos e rentabilizar retornos, é essencial uma análise dos diferentes aspetos que influenciam o mercado. Afinal, quais são as tendências do momento?
“Os dados do Banco de Portugal registam um aumento do investimento de 2,2% no primeiro trimestre de 2024, face ao anterior. Por isso, seria caso de dizer que o desejo de investir não tem previsão de parar”, tal como explica Luís Filipe Silveira, Director Real Estate da Hipoges, neste artigo preparado para o idealista/news.
“É indispensável afirmar que os crescentes números de investimento representam um mercado promissor, dinâmico e com muito potencial para evoluir num Portugal atrativo em vários setores como o turismo, a qualidade de vida e políticas favoráveis”, acrescenta o responsável, que analisa os diferentes segmentos de mercado.
Arrendamento no setor residencial
Há elevada procura crescente e contínua por imóveis deste caráter. Contudo, pela escassez de oferta, ou pelos preços praticados no mercado, a resposta tem vindo a ser o investimento em arrendamento. Esta é uma das tendências mais comuns, uma vez que muitos investidores compram imóveis para arrendar, aproveitando a elevada procura, que se mantém.
Em Portugal, existem exemplos práticos onde é possível assistir a este acontecimento. Com o aumento dos estudantes universitários, há um crescente interesse por habitações nos maiores polos académicos do país, como é o caso do Porto, Lisboa, Coimbra ou Faro.
Apesar das propostas do Governo quererem dar apoio nesse sentido, com a construção de alojamentos estudantis, o arrendamento continua a ser a opção para estudantes que se desloquem para longe de casa.
Vistos gold e o investimento estrangeiro
Por outro lado, nem o fim dos vistos gold impediu o crescimento do mercado. Esta é outra tendência bastante marcada em Portugal. Lugares como Algarve, Lisboa e Cascais são os mais procurados pelos investidores internacionais que procuram expandir o seu leque de propriedades. Principalmente, no mercado de luxo. Este segmento do mercado tem atraído capital internacional, onde é pretendido utilizar estes imóveis para uso pessoal, como casas de férias, ou então para comercializar, também para capital e clientes estrangeiros.
Setor corporativo e comercial
Já o segmento corporativo, comercial e logístico tem tido um crescimento grande em Portugal, por diversos fatores. A procura por espaços de escritório aumenta a cada dia. Num cenário pós-pandémico, onde o teletrabalho ainda se mantém, o estilo híbrido faz com que as pessoas voltem para os escritórios.
Além disso, com o altíssimo fluxo do comércio eletrónico, como por exemplo as encomendas online, o setor logístico tem-se expandido, com investimentos em armazéns, centros de distribuição e outros imóveis com os mesmos fins.
Turismo: hotéis e alojamentos locais
Outro setor do imobiliário que tem visto grande tendência de crescimento nos últimos anos é o turismo, que continua a atrair capital.
Os alojamentos locais, por exemplo, que se têm espalhado com facilidade gigante, são uma grande aposta para quem quer entrar no mundo do investimento imobiliário, porque constituem um fácil retorno financeiro.
Além disso, o setor hoteleiro também marca presença neste tema, sendo possível ver o rápido crescimento de aberturas destes empreendimentos.
Reabilitação de imóveis
A reabilitação de propriedades é protagonista do investimento, seja para uso pessoal ou para terceiros. E continua a ser uma grande tendência.
Há um grande foco na reabilitação e renovação de propriedades antigas, nomeadamente compra de imóveis em más condições para transformá-los em possíveis edifícios residenciais ou comerciais, alojamentos locais ou hotéis.
