Arrendar casa em Portugal continua a ser uma opção para as famílias, sobretudo num momento em a aquisição de habitação tornou-se menos acessível, devido aos altos preços das casas, juros no crédito habitação e aumento do custo de vida. Como a procura continua a ser bem superior à oferta existente, os preços das casas para arrendar em Portugal apresentaram uma subida de 2,6% em agosto face ao mês anterior. Segundo o índice de preços do idealista, arrendar casa tinha um custo mediano de 15,4 euros por metro quadrado (euros/m2) no final do mês de agosto deste ano, ultrapassando pela primeira vez a barreira dos 15 euros/m2. Já em relação à variação trimestral, a subida das rendas foi de 9,1% e a anual de 33%.
Rendas das casas subiram em 10 capitais de distrito
Entre as 14 capitais de distrito com amostras representativas, 10 cidades viram os preços das casas para arrendar subir entre julho e agosto, com Faro (9%) a liderar a lista. Seguem-se Viana do Castelo (7,2%), Viseu (5,3%), Porto (4,6%), Braga (4,4%), Aveiro (3,6%), Castelo Branco (3,5%), Lisboa (2,7%), Coimbra (2,1%) e Santarém (1,8%).
Por outro lado, as rendas das casas desceram em Leiria (-3,2%), Setúbal (-2,6%) e Évora (-2,1%). Já no Funchal os preços mantiveram-se estáveis nesse período.
Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro arrendar casa: 20,7 euros/m2. Porto (16,4 euros/m2) e Funchal (14,2 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Seguem-se Faro (12,6 euros/m2), Aveiro (11,8 euros/m2), Évora (11,4 euros/m2), Setúbal (10,7 euros/m2), Coimbra (9,8 euros/m2), Viana do Castelo (8,6 euros/m2) e Braga (8,5 euros/m2).
Já as cidades mais económicas para arrendar uma habitação em Portugal são Castelo Branco (6 euros/m2), Viseu (6,6 euros/m2), Leiria (7,2 euros/m2) e Santarém (7,7 euros/m2), apontam os dados.
Casas para arrendar mais caras na maioria dos distritos e ilhas
Dos 17 distritos e ilhas analisados, contam-se 15 territórios onde as rendas das casas subiram. E foi Viseu (14,8%) e Castelo Branco (7,3%) que lideraram os aumentos de preço das casas para arrendar em agosto. Seguem-se Aveiro (6,6%), Viana do Castelo (6,4%), Portalegre (5,7%), Braga (5%), Évora (4,6%), Porto (3,7%) e Coimbra (3,2%). Com subidas das rendas inferiores a 3% encontram-se os distritos de Beja (2,8%), Santarém (2,2%), Setúbal (2%), Lisboa (1,5%), Leira (1,4%) e Faro (1,3%).
Entre julho e agosto, os preços das casas para arrendar desceram apenas na ilha da Madeira (-3,6%) e em Vila Real (-0,9%), apontam os mesmos dados.
O ranking dos distritos e ilhas mais caros para arrendar casa é liderado por Lisboa (19 euros/m2), seguido pelo Porto (14,3 euros/m2), Faro (13,5 euros/m2), ilha da Madeira (13,4 euros/m2), Setúbal (12 euros/m2), Évora (10,6 euros/m2), Coimbra (9,8 euros/m2), Aveiro (9,6 euros/m2), Viana do Castelo (9,5 euros/m2), Leiria (9 euros/m2) e Braga (8,8 euros/m2).
Já os preços mais económicos para arrendar casa encontram-se em Portalegre (6,3 euros/m2), Vila Real (6,4 euros/m2), Castelo Branco (6,7 euros/m2), Santarém (7,3 euros/m2), Viseu (7,3 euros/m2) e Beja (8,3 euros/m2).
Rendas da casa sobem em todas as regiões – à exceção da Madeira
Durante o mês de agosto, os preços das casas para arrendar subiram em todas regiões portuguesas, com a exceção da Região Autónoma da Madeira onde os preços desceram 3,5%. A liderar as subidas encontra-se o Norte (4,6%), seguido pela Região Autónoma dos Açores (4,2%), Centro (4,1%), Área Metropolitana de Lisboa (1,8%), Algarve (1,3%) e Alentejo (1,1%).
A Área Metropolitana de Lisboa, com 18,3 euros/m2, continua a ser a região mais cara para arrendar casa, seguida pelo Algarve (13,5 euros/m2), Região Autónoma da Madeira (13,3 euros/m2), Norte (13,2 euros/m2). Do lado oposto da tabela encontram-se a Região Autónoma dos Açores (8,5 euros/m2), o Centro (8,8 euros/m2) e o Alentejo (9,5 euros/m2) que são as regiões mais baratas para arrendar uma habitação.
Índice de preços imobiliários do idealista
Para a realização do índice de preços imobiliários do idealista, são analisados os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos anunciantes do idealista. São eliminados da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado.
Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado.
O relatório completo encontra-se em: https://www.idealista.pt/media/relatorios-preco-habitacao/arrendamento/