Juros no crédito habitação sempre a subir

A escalada da taxa Euribor teima em não dar tréguas, o que não é uma boa notícia para quem tem crédito habitação indexado à taxa variável, que tem visto a prestação da casa aumentar mês após mês. Uma tendência que se deverá manter, tendo a taxa de juro no conjunto dos contratos de crédito habitação voltado a subir em abril: para 3,110% (2,829% em março), o valor mais elevado desde junho de 2009, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

“A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito habitação foi 3,110% em abril, o valor mais elevado desde junho de 2009, traduzindo uma subida de 28,1 pontos base (p.b.) face a março (2,829%). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu de 3,507% em março para 3,675% em abril, atingindo o valor mais elevado desde outubro de 2012”, lê-se no boletim do INE, divulgado esta sexta-feira (19 de maio de 2023).

Para o destino de financiamento Aquisição de Habitação, o mais relevante no conjunto do crédito habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 3,098% (+27,5 p.b. face a março), indica o INE, salientando que nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, a taxa de juro subiu 16,0 p.b. face ao mês anterior, fixando-se em 3,661%.

Prestação da casa sobe

No que diz respeito ao valor médio da prestação da casa, fixou-se em 341 euros em abril, mais 10 euros que em março e mais 84 euros que em abril de 2022, o que representa um aumento de 32,7%. “Deste valor, 163 euros (48%) correspondem a pagamento de juros e 178 euros (52%) a capital amortizado – em abril de 2022, a componente de juros representava 16% do valor médio da prestação (257 euros)”, lê-se na nota.

Já nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu 14 euros face ao mês anterior, para 590 euros em abril (aumento de 52,5% face ao mesmo mês do ano anterior).

Capital médio em dívida sobe 273 euros

Relativamente ao capital médio em dívida para a totalidade dos contratos de crédito habitação, subiu 273 euros num mês, em abril face a março, fixando-se em 62 972 euros.

“Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi 125.734 euros, mais 564 euros que em março”, conclui o INE.

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