Comprar casa em Portugal ficou 1,9% mais caro em novembro

Mesmo num clima de alta inflação e de subida em flecha das taxas de juro nos créditos habitação, as famílias continuam a comprar casa em Portugal. E como a oferta continua a ser escassa para a procura existente, e o país a estar no radar dos compradores estrangeiros que pagam mais pelos imóveis, os preços das casas no nosso país continuam a aumentar mês após mês. Em novembro, as casas à venda ficaram 1,9% mais caras face ao mês anterior, custando 2.460 euros por metro quadrado (euros/m2) em termos medianos, aponta o índice de preços do idealista. A subida dos preços das casas para comprar foi visível em quase todo o território português, já que as casas ficaram mais caras em 17 capitais de distrito, entre outubro e novembro, com Vila Real liderar as subidas (5%). Em Lisboa, os preços das casas subiram 1,2% e no Porto 0,5% durante o mesmo período.

O que o índice dos preços do idealista também diz é que os preços das casas para comprar em Portugal subiram 2,8% em termos trimestrais. Já a variação anual dos preços das habitações foi de 5,9%.

Casas à venda estão mais caras em 17 capitais de distrito

Em novembro, as casas ficaram mais caras em 17 capitais de distrito, com Vila Real (5%), Viseu (4,4%) e Beja (3,8%) a liderarem a lista. Seguem-se Castelo Branco (2,5%), Santarém (2,4%), Ponta Delgada (2,4%), Guarda (2,3%), Braga (1,8%), Funchal (1,4%), Lisboa (1,2%), Viana do Castelo (1,2%), Bragança (1%), Évora (0,9%), Coimbra (0,8%), Setúbal (0,6%), Leiria (0,5%) e Porto (0,5%).

Em Aveiro, os preços das casas à venda mantiveram-se estáveis durante o mês de novembro. Das capitais de distrito analisadas, os preços das habitações à venda desceram apenas em duas cidades: Portalegre (-2,4%) e Faro (-0,2%), mostra o mesmo estudo.

Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro comprar casa: 5.145 euros/m2. Porto (3.188 euros/m2) e Funchal (2.618 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Seguem-se Faro (2.542 euros/m2), Aveiro (2.451 euros/m2), Setúbal (2.158 euros/m2), Évora (1.975 euros/m2), Coimbra (1.751 euros/m2), Ponta Delgada (1.632 euros/m2), Braga (1.551 euros/m2), Viana do Castelo (1.407 euros/m2), Viseu (1.347 euros/m2) e Leiria (1.329 euros/m2).

Já as cidades mais económicas para comprar casa no nosso país são Portalegre (644 euros/m2), Castelo Branco (818 euros/m2), Bragança (819 euros/m2), Guarda (837 euros/m2), Beja (954 euros/m2), Santarém (1.008 euros/m2) e Vila Real (1.142 euros/m2), mostram os dados.

Preço das casas sobe na maioria dos distritos e ilhas do país

Dos 18 distritos e 8 ilhas analisados pelo idealista, as casas à venda ficaram mais caras na grande maioria dos territórios (23). As cinco maiores subidas dos preços das habitações para comprar tiveram lugar nos arquipélagos portugueses: a ilha Terceira (9,7%) ocupa o primeiro lugar, seguida pela ilha de São Jorge (7,2%), ilha do Faial (6,4%), ilha do Pico (5,6%), e a ilha de Porto Santo (5,2%).

Contabilizam-se ainda 9 distritos/ilhas onde os preços das casas à venda subiram menos de 5% e mais de 2% entre outubro e novembro deste ano: Évora (4,5%), Viana do Castelo (4,2%), Bragança (3,7%), Coimbra (3,7%), Viseu (2,8%), Leira (2,8%), ilha de São Miguel (2,7%), Faro (2,1%) e Braga (2,1%).

Com subidas dos preços das habitações inferiores a 2% encontra-se a ilha da Madeira (1,8%), Santarém (1,7%), ilha de Santa Maria (1,4%), Setúbal (1,4%), Vila Real (1,0%), Lisboa (0,8%), Castelo Branco (0,6%), Aveiro (0,6%) e Porto (0,3%).

De notar ainda que os preços das casas mantiveram-se estáveis no distrito de Beja durante o mês de novembro. Por outro lado, as casas à venda ficara mais baratas na Guarda (-1,0%) e Portalegre (-0,5%)

onde é mais caro adquirir uma habitação? O ranking dos distritos mais caros para comprar casa continua a ser liderado por Lisboa (3.843 euros/m2), seguido por Faro (3.044 euros/m2) e Porto (2.390 euros/m2). Logo a seguir está a ilha da Madeira (2.353 euros/m2), Setúbal (2.303 euros/m2), ilha de Porto Santo (1.691 euros/m2), Aveiro (1.639 euros/m2), Leiria (1.436 euros/m2), Braga (1.435 euros/m2), ilha de São Miguel (1.415 euros/m2), Coimbra (1.315 euros/m2), ilha do Pico (1.304 euros/m2), Viana do Castelo (1.228 euros/m2), Évora (1.216 euros/m2), ilha de Santa Maria (1.172 euros/m2), ilha do Faial (1.164 euros/m2), ilha Terceira (1.102 euros/m2) e ilha de São Jorge (1.059 euros/m2).

Os preços mais económicos para adquirir habitação em Portugal encontram-se em Portalegre (638 euros/m2), Guarda (657 euros/m2), Castelo Branco (725 euros/m2), Bragança (875 euros/m2), Beja (922 euros/m2), Vila Real (943 euros/m2), Viseu (964 euros/m2) e Santarém (997 euros/m2). Todos estes distritos apresentam valores medianos das casas à venda inferiores a 1.000 euros/m2.

Comprar casa ficou mais caro em todas as regiões portuguesas

Durante o mês de novembro, os preços das casas para comprar subiram em todas as regiões do país. A liderar as subidas, encontra-se a Região Autónoma dos Açores (4,6%), o Alentejo (3,7%) e o Algarve (2,1%). Segue-se a Região Autónoma da Madeira (1,9%), o Centro (1,8%), o Norte (1,1%) e a Área Metropolitana de Lisboa (0,8%).

A Área Metropolitana de Lisboa, com 3.476 euros/m2, continua a ser a região portuguesa onde é mais caro adquirir habitação, seguida pelo Algarve (3.044 euros/m2), a Região Autónoma da Madeira (2.339 euros/m2) e o Norte (2.025 euros/m2).

Do lado oposto da tabela encontram-se a Região Autónoma dos Açores (1.296 euros/m2), o Centro (1.331 euros/m2) e o Alentejo (1.408 euros/m2) que são as regiões mais baratas para comprar casa.

Índice de preços imobiliários do idealista

Para a realização do índice de preços imobiliários do idealista, são analisados ​​os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos anunciantes do idealista. São eliminados da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado.

Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado.

Fonte: IDEALISTA

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