No ano passado, todas as regiões portuguesas registaram um aumento da contribuição da compra de habitação por compradores estrangeiros, tanto no número, como no valor das respetivas vendas totais de alojamentos. Mas houve uma região que se destacou em termos de investimento por parte de compradores com domicílio fiscal fora de Portugal: o Algarve.
“As aquisições de habitação por compradores com domicílio fiscal fora do território nacional em 2023, localizaram-se maioritariamente no Algarve (29,9%), seguindo-se o Norte (17,5%) e a Grande Lisboa”, lê-se na nota divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
No Algarve, as vendas de alojamentos a compradores estrangeirosrepresentaram 27,2% e 38,5%, respetivamente, do número e do valor total das transações da região. No Norte, Centro, Oeste e Vale do Tejo, Grande Lisboa, Alentejo e Região Autónoma dos Açores registaram-se aumentos dos pesos relativos deste tipo de aquisição, face a 2022, em número e em valor, acima do ponto percentual.
Recorde-se que a venda de casas desceu 18,7% em 2023 para mínimos de sete anos, movimentando um total de 28 mil milhões de euros, menos 11,9% que em 2022.
Os compradores residentes responderam por 24,4 mil milhões de euros do montante total transacionado, e os compradores estrangeiros por 3,6 mil milhões. Além disso, o peso relativo apurado no último ano para categoria território nacional, 87,3%, é o mais baixo da série iniciada em 2019 e reflete uma redução de 1,3 p.p. relativamente à percentagem de 2022.
No que respeita ao valor por transação, em 2023, cada alojamento foi vendido, em média, por 205.193 euros, montante que baixa para 193.830 euros se envolver um comprador residente. As aquisições de alojamentos por compradores estrangeiros foram realizadas, em média, por 276.897 euros, no caso da categoria União Europeia, sendo que para a categoria Restantes Países o valor cifrou-se nos 405.082 euros.